Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de
forma contínua (sempre) ou periódica (freqüentemente) para obter prazer. Alguns
indivíduos podem também fazer uso constante de uma droga para aliviar tensões,
ansiedades, medos, sensações físicas desagradáveis, etc. O dependente
caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma
impulsiva e repetitiva. Para compreendermos
melhor a dependência, vamos analisar as duas formas principais em que ela
se apresenta: a física e a psicológica. A dependência física
caracteriza-se pela presença de sintomas e sinais físicos que aparecem quando o
indivíduo para de usar a droga ou diminui bruscamente o seu uso: é a síndrome
de abstinência. Os sinais e sintomas de abstinência dependem do tipo de
substância utilizada e aparecem algumas horas ou dias depois que ela foi
consumida pela última vez. NO caso dos dependentes do álcool, por exemplo, a
abstinência pode ocasionar desde um simples tremor nas mãos a náuseas, vômitos
e até um quadro de abstinência mais grave denominado "delirium
tremens", com risco de morte, em alguns casos. Já a dependência
psicológica corresponde a um estado de mal estar e desconforto que surge quando
o dependente interrompe o uso de uma droga. Os sintomas mais comuns são
ansiedade, sensação de vazio, dificuldade de concentração, mas que podem variar
de pessoa para pessoa.
Com os medicamentos existentes atualmente, a maioria dos casos
relacionados à dependência física pode ser tratada. Por outro lado, o que quase
sempre faz com que uma pessoa volte a usar drogas é a dependência psicológica,
de difícil tratamento e não pode ser resolvida de forma relativamente rápida e
simples como a dependência física.
A maioria das pessoas que consome bebidas alcoólicas não se torna dependente do álcool. Isso também é válido para grande parte das
outras drogas.
De maneira geral, as pessoas que experimentam drogas o fazem por
curiosidade e as utilizam apenas uma vez ou outra (uso experimental). Muitas
passam a usá-las de vez em quando, de maneira esporádica (uso ocasional), sem
maiores conseqüências na maioria dos casos. Apenas um grupo menor passa a usar
drogas de forma intensa, em geral quase todos os dias, com conseqüências
danosas (dependência). O grande problema é que não dá pra saber entre as
pessoas que começam a usar drogas, quais serão apenas usuários experimentais,
quais serão ocasionais e quais se tornarão dependentes.
É importante lembrar porém, que o uso, ainda que experimental,
pode vir a produzir danos à saúde da pessoa.
Alguns adultos que consomem bebidas alcoólicas ocasionalmente tem
dificuldade para admitir que o álcool pode vir a se tornar um hábito
nocivo e perigoso; o mesmo ocorre com os jovens que experimentam ou usam drogas
ilegais: eles têm o mesmo problema. Em grande parte, isso se deve ao fato de
que a maioria dos consumidores de drogas, legais ou ilegais, conhece muitos
usuários ocasionais, mas poucas pessoas que se tornaram dependentes ou tiveram
problemas com o uso de drogas. Por outro lado, o prazer momentâneo obtido com a
droga e a imaturidade não favorecem maiores preocupações com os riscos.
No tratamento da dependência tenta-se sempre evitar o uso de
medicações que possam ocasionar esse problema. A maioria dos remédios receitados
pelo médico nesses casos não causa dependência. Alguns, como benzodiazepínicos,
barbitúricos e metadona, podem vir a causar dependência, mas, ainda assim,
podem ser usados, desde que sob controle médico, por determinados períodos de
tempo, e em doses adequadas.
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