sexta-feira, 17 de maio de 2013

Síndrome de Asperger.


Síndrome de Asperger.

 Esse é um transtorno do neurodesenvolvimento, cuja exata causa é desconhecida. É  caracterizado por déficits na interação social, presença de comportamentos repetitivos, e interesses restritos. Atraso no desenvolvimento da linguagem falada, nas habilidades de coordenação visuo-espacial e habilidades mediadas pela fala, com ausência de déficit cognitivo.
Apesar de existirem semelhanças com o autismo, as pessoas com Síndrome de Asperger  geralmente têm elevadas habilidades cognitivas e funções de linguagem normais, se comparadas a outras desordens ao longo do espectro, porém demoram a desenvolver o uso da linguagem, e podem apresentar problemas na fala e compreensão das palavras e da linguagem.
Apesar de poderem ter um extremo comando da linguagem e vocabulário elaborado, estão incapacitadas de usar em contexto social e geralmente não apresentam uma inflexão adequada na voz, às vezes fala infantilizada.
Apresentam-se passivos e indiferentes. As dificuldades de socialização não remitem com o desenvolvimento.   Os déficits sociais resultam primariamente da inabilidade em considerar e conceitualizar os próprios fenômenos mentais como os das outras pessoas. Esse fato provoca uma dificuldade especial em prever e entender as intenções, sentimentos, e crenças das outras pessoas e consequentemente, dificuldades na interação social. O paciente interpreta as outras pessoas conforme seu próprio referencial. É como se as outras pessoas tivessem uma “linguagem” diferente, que o paciente não compreende.
Outra característica é a disfluência nas funções executivas. Esse é um grupo de atividades que permite o planejamento futuro, mudar de prioridades, e agir com propósito, apesar de distrações ou demandas competitivas. Essa inabilidade apresenta-se como inflexibilidade e dificuldades de planejamento, incluindo má aplicação do conhecimento aos problemas do cotidiano, tendência a perseverar, ou seja repetir comportamentos e palavras, dificuldades em manter-se nas tarefas e interagir com as demais pessoas. Apresenta inabilidade de entender o contexto das situações, integrar partes de um todo, entender informações, negligencia as informações não verbais.
As características apresentadas provocam déficits sociais resultantes primariamente da inabilidade cognitiva específica de compreender os outros como agentes intencionais, ou seja, interpretar as suas mentes em termos de conceitos teóricos de estados intencionais como crenças e desejos, particularidades qualitativas na interação social, uso de peculiaridade no comportamento não-verbal para regular a interação social.
O que permite a relação adequada com os outros é a capacidade que temos de compreender os estados mentais, tais como: crenças, sentimentos, desejos, esperanças e intenções. É a maneira de imaginar os sentimentos de outras pessoas ou seus pensamentos. Através dessas habilidades, podemos criar uma imagem mental de nossas próprias emoções ou sentimentos. Esta habilidade nos permite compreender que o comportamento das pessoas é causado por seus sentimentos, crenças ou intenções. Se pudemos prever alguns desses comportamentos, poderemos antecipar respostas. O que quer que se passa na mente de outras pessoas não está visível, então para ser entendido, precisa ser interpretado através das dicas de seu comportamento. Muitas dessas dicas não são explicitas.
Quando a pessoa não é capaz de vincular o comportamento dos outros aos seus sentimentos, não tem a capacidade de entender ou prever  suas atitudes, relacionar-se é tarefa difícil, às vezes impossível. Se o paciente não entender que alguém está triste e com raiva por alguma coisa que tenha feito, não vê sentido no comportamento dos outros ao seu redor.
Uma grande quantidade de conhecimento é inconsciente e vem da capacidade de perceber como os outros possam pensar ou sentir. Conhecer as emoções dos outros por interpretar corretamente sinais não verbais torna a comunicação eficaz. A falta dessas características provocam falha no desenvolvimento de relações com pares da sua idade; falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros; falta de reciprocidade emocional e social.
Uma importante deixa para a comunicação é a capacidade de perceber o nível de interesse do ouvinte á partir de sua linguagem corporal ou expressão facial.  As observações dolorosas ou rudes acontecem devido à incapacidade de prever como os seus comentários afetarão outras pessoas. Paciente apresenta um olho muito bom para obter detalhes não percebidos pelos demais, mas na maioria das vezes é incapaz de interpretar o todo. A perturbação causa prejuízo clinicamente significativo nas áreas social e ocupacional e outras áreas importantes de funcionamento.
A boa comunicação é baseada na empatia, a capacidade de sentir com os outros e colocar-se na sua situação. Ter essa capacidade fará interação social acontecer de modo muito mais fácil. Compreender as emoções de pessoas propicia a capacidade de prever o seu comportamento e ter uma interação social adequada. Saber o que esperar ajudará a saber como reagir à situação. Para as crianças que são incapazes de levar em consideração como os outros possam sentir, pensar ou reagir, o mundo torna-se um lugar terrível para se viver.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Estratégias para incrementar comportamento positivo:


  1. Relacionamento depende de duas coisas: tempo e disposição para ouvir.
  2. Estabeleça um período de anotação desse comportamento antes de iniciar qualquer estratégia. Quatro dias. Anote a freqüência do comportamento e a forma que ele ocorre.
  3.  Todos escrevam o que está incomodando, cada um deve ler o que foi escrito por todos e pensar durante pelo menos um dia, em estratégias para modificar o que incomoda. Cada um pense nas formas como vai resolver a situação.
  4. Sentem com as propostas anotadas, e cada um por sua vez vai falar do que pensou em estabelecer para resolver. As regras devem ser claras e devem existir conseqüências para sua quebra.
  5. Defina o que é esperado, deforma clara, incluindo tempo que deve ser dispensado nesse comportamento, o que deve ser feito e o que não deve.
  6. Estabelecer regras claras para que aconteça a mudança de comportamento. Defina o que vai ser incrementado e o que vai ser extinguido ou diminuído.  As regras devem ser estabelecidas para orientar, então devem ser colocadas de forma positiva, explicando o que deve acontecer e como.
  7. Estabeleçam sinais que possam ajudar a lembrar das regras, por exemplo,
  •  Faça um relógio impresso e marque os ponteiros com o horário de início e fim das atividades, Deixe esse relógio em lugar visível.
  • Imprima uma imagem de um lugar bagunçado e marque um círculo em volta, cortado no meio, como um sinal de trânsito indicando proibido, e coloque nos lugares onde as bagunças costumam estar.
  1. Estabeleça regras familiares:
    • Diga a verdade
    • Tratem-se com respeito
    • Não argumente com os pais, argumentar significa que as regras foram quebradas.
    • Respeitem  as propriedades de cada um. Não invadam.
    • Faça o que seu pai ou sua mãe disserem na primeira vez, Não procrastine!
    • Peça autorização para ir nos lugares, com antecedência!
    • Jogue fora as coisas que você não precisa ou não usa há mais de seis meses.
    • Encontrem formas de ser gentis e corteses uns com os outros.
    • Definam as obrigações de cada um e conseqüências para a quebra dessas regras. Pais: cumpram as conseqüências, filhos: não reclamem, vocês sabiam!
  2. Não conversem sobre assuntos polêmicos quando estiverem irritados
  3. Reservem um período do dia, por exemplo, o horário de uma refeição, quando não tenham de sair correndo, para terem uma hora só de harmonia. Façam elogios, digam uns aos outros o que vocês gostaram que eles fizeram naquele dia, conversem sobre coisas amenas. É PROIBIDO DISCUTIR!
  4. Quando estiverem irritados, combinem uma forma de sinalizar para os outros, e nesse caso, respeitem até que a irritação passe. O ideal é ficar sozinho.
  5. Anote o que deve ser feito em uma agenda, cada dia, e conforme a coisas forem feitas, vá marcando com uma caneta grifa texto, para ficar evidente.
  6. O que não for feito, deve ser anotado na folha do dia seguinte.
  7. Estabeleçam lugar para as coisas que não podem ser perdidas, como telefones celulares e móveis, chaves, documentos.
  8. Façam uma”Caixa da bagunça”: as coisas que não puderem se guardadas na hora devem ir para essa caixa e deve ser estabelecido um prazo para que sejam guardadas em local apropriado. Tudo o que levar menos de três minutos para ser feito, deve ser feito na hora.