sexta-feira, 17 de maio de 2013

Síndrome de Asperger.


Síndrome de Asperger.

 Esse é um transtorno do neurodesenvolvimento, cuja exata causa é desconhecida. É  caracterizado por déficits na interação social, presença de comportamentos repetitivos, e interesses restritos. Atraso no desenvolvimento da linguagem falada, nas habilidades de coordenação visuo-espacial e habilidades mediadas pela fala, com ausência de déficit cognitivo.
Apesar de existirem semelhanças com o autismo, as pessoas com Síndrome de Asperger  geralmente têm elevadas habilidades cognitivas e funções de linguagem normais, se comparadas a outras desordens ao longo do espectro, porém demoram a desenvolver o uso da linguagem, e podem apresentar problemas na fala e compreensão das palavras e da linguagem.
Apesar de poderem ter um extremo comando da linguagem e vocabulário elaborado, estão incapacitadas de usar em contexto social e geralmente não apresentam uma inflexão adequada na voz, às vezes fala infantilizada.
Apresentam-se passivos e indiferentes. As dificuldades de socialização não remitem com o desenvolvimento.   Os déficits sociais resultam primariamente da inabilidade em considerar e conceitualizar os próprios fenômenos mentais como os das outras pessoas. Esse fato provoca uma dificuldade especial em prever e entender as intenções, sentimentos, e crenças das outras pessoas e consequentemente, dificuldades na interação social. O paciente interpreta as outras pessoas conforme seu próprio referencial. É como se as outras pessoas tivessem uma “linguagem” diferente, que o paciente não compreende.
Outra característica é a disfluência nas funções executivas. Esse é um grupo de atividades que permite o planejamento futuro, mudar de prioridades, e agir com propósito, apesar de distrações ou demandas competitivas. Essa inabilidade apresenta-se como inflexibilidade e dificuldades de planejamento, incluindo má aplicação do conhecimento aos problemas do cotidiano, tendência a perseverar, ou seja repetir comportamentos e palavras, dificuldades em manter-se nas tarefas e interagir com as demais pessoas. Apresenta inabilidade de entender o contexto das situações, integrar partes de um todo, entender informações, negligencia as informações não verbais.
As características apresentadas provocam déficits sociais resultantes primariamente da inabilidade cognitiva específica de compreender os outros como agentes intencionais, ou seja, interpretar as suas mentes em termos de conceitos teóricos de estados intencionais como crenças e desejos, particularidades qualitativas na interação social, uso de peculiaridade no comportamento não-verbal para regular a interação social.
O que permite a relação adequada com os outros é a capacidade que temos de compreender os estados mentais, tais como: crenças, sentimentos, desejos, esperanças e intenções. É a maneira de imaginar os sentimentos de outras pessoas ou seus pensamentos. Através dessas habilidades, podemos criar uma imagem mental de nossas próprias emoções ou sentimentos. Esta habilidade nos permite compreender que o comportamento das pessoas é causado por seus sentimentos, crenças ou intenções. Se pudemos prever alguns desses comportamentos, poderemos antecipar respostas. O que quer que se passa na mente de outras pessoas não está visível, então para ser entendido, precisa ser interpretado através das dicas de seu comportamento. Muitas dessas dicas não são explicitas.
Quando a pessoa não é capaz de vincular o comportamento dos outros aos seus sentimentos, não tem a capacidade de entender ou prever  suas atitudes, relacionar-se é tarefa difícil, às vezes impossível. Se o paciente não entender que alguém está triste e com raiva por alguma coisa que tenha feito, não vê sentido no comportamento dos outros ao seu redor.
Uma grande quantidade de conhecimento é inconsciente e vem da capacidade de perceber como os outros possam pensar ou sentir. Conhecer as emoções dos outros por interpretar corretamente sinais não verbais torna a comunicação eficaz. A falta dessas características provocam falha no desenvolvimento de relações com pares da sua idade; falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros; falta de reciprocidade emocional e social.
Uma importante deixa para a comunicação é a capacidade de perceber o nível de interesse do ouvinte á partir de sua linguagem corporal ou expressão facial.  As observações dolorosas ou rudes acontecem devido à incapacidade de prever como os seus comentários afetarão outras pessoas. Paciente apresenta um olho muito bom para obter detalhes não percebidos pelos demais, mas na maioria das vezes é incapaz de interpretar o todo. A perturbação causa prejuízo clinicamente significativo nas áreas social e ocupacional e outras áreas importantes de funcionamento.
A boa comunicação é baseada na empatia, a capacidade de sentir com os outros e colocar-se na sua situação. Ter essa capacidade fará interação social acontecer de modo muito mais fácil. Compreender as emoções de pessoas propicia a capacidade de prever o seu comportamento e ter uma interação social adequada. Saber o que esperar ajudará a saber como reagir à situação. Para as crianças que são incapazes de levar em consideração como os outros possam sentir, pensar ou reagir, o mundo torna-se um lugar terrível para se viver.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Estratégias para incrementar comportamento positivo:


  1. Relacionamento depende de duas coisas: tempo e disposição para ouvir.
  2. Estabeleça um período de anotação desse comportamento antes de iniciar qualquer estratégia. Quatro dias. Anote a freqüência do comportamento e a forma que ele ocorre.
  3.  Todos escrevam o que está incomodando, cada um deve ler o que foi escrito por todos e pensar durante pelo menos um dia, em estratégias para modificar o que incomoda. Cada um pense nas formas como vai resolver a situação.
  4. Sentem com as propostas anotadas, e cada um por sua vez vai falar do que pensou em estabelecer para resolver. As regras devem ser claras e devem existir conseqüências para sua quebra.
  5. Defina o que é esperado, deforma clara, incluindo tempo que deve ser dispensado nesse comportamento, o que deve ser feito e o que não deve.
  6. Estabelecer regras claras para que aconteça a mudança de comportamento. Defina o que vai ser incrementado e o que vai ser extinguido ou diminuído.  As regras devem ser estabelecidas para orientar, então devem ser colocadas de forma positiva, explicando o que deve acontecer e como.
  7. Estabeleçam sinais que possam ajudar a lembrar das regras, por exemplo,
  •  Faça um relógio impresso e marque os ponteiros com o horário de início e fim das atividades, Deixe esse relógio em lugar visível.
  • Imprima uma imagem de um lugar bagunçado e marque um círculo em volta, cortado no meio, como um sinal de trânsito indicando proibido, e coloque nos lugares onde as bagunças costumam estar.
  1. Estabeleça regras familiares:
    • Diga a verdade
    • Tratem-se com respeito
    • Não argumente com os pais, argumentar significa que as regras foram quebradas.
    • Respeitem  as propriedades de cada um. Não invadam.
    • Faça o que seu pai ou sua mãe disserem na primeira vez, Não procrastine!
    • Peça autorização para ir nos lugares, com antecedência!
    • Jogue fora as coisas que você não precisa ou não usa há mais de seis meses.
    • Encontrem formas de ser gentis e corteses uns com os outros.
    • Definam as obrigações de cada um e conseqüências para a quebra dessas regras. Pais: cumpram as conseqüências, filhos: não reclamem, vocês sabiam!
  2. Não conversem sobre assuntos polêmicos quando estiverem irritados
  3. Reservem um período do dia, por exemplo, o horário de uma refeição, quando não tenham de sair correndo, para terem uma hora só de harmonia. Façam elogios, digam uns aos outros o que vocês gostaram que eles fizeram naquele dia, conversem sobre coisas amenas. É PROIBIDO DISCUTIR!
  4. Quando estiverem irritados, combinem uma forma de sinalizar para os outros, e nesse caso, respeitem até que a irritação passe. O ideal é ficar sozinho.
  5. Anote o que deve ser feito em uma agenda, cada dia, e conforme a coisas forem feitas, vá marcando com uma caneta grifa texto, para ficar evidente.
  6. O que não for feito, deve ser anotado na folha do dia seguinte.
  7. Estabeleçam lugar para as coisas que não podem ser perdidas, como telefones celulares e móveis, chaves, documentos.
  8. Façam uma”Caixa da bagunça”: as coisas que não puderem se guardadas na hora devem ir para essa caixa e deve ser estabelecido um prazo para que sejam guardadas em local apropriado. Tudo o que levar menos de três minutos para ser feito, deve ser feito na hora.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dicas para o professor lidar com alunos com TDAH Parte 1


Dicas para o professor lidar com alunos com TDAH
Parte 1

·        Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior.
·        Eles devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela;
·        Evite cores muito fortes na sala e No uniforme como amarelo e vermelho. Cores fortes tendem a deixá-los ainda mais agitados, excitados e menos atentos.
·        Procure colocar tons mais neutros e suaves. Compare com o quarto de um bebê; agora pense: porque ninguém usa cores fortes nele? Estímulo demais não é bom para ninguém;
·        Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;
·        Organize as carteiras em círculo, em forma de U, ao invés de fileiras a fim de visualizar melhor toda a classe e seu movimento;
·        Coloque esta criança próxima a outras mais concentradas e calmas, assim ele não encontrará seguidores para sua agitação;
·        Traga esta criança para perto de você, assim poderá ver se ela está
·        conseguindo acompanhar seu ritmo, ou se você precisa desacelerar um pouco. Isto o ajudará também a dispersar-se menos;
·        Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outro estímulos; Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;
·        Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual; Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;
·        Substituir aulas monótonas ou cansativas por aulas mais estimulantes que prendam sua atenção (o professor deverá ter muito preparo e ser bastante flexível com seu planejamento, mas ter cuidado para que o hiperativo não se empolgue demais);
·        Estes alunos adoram novidades, lance mão destes recursos não habituais para prender sua atenção. Peça ajuda ao professor de artes para trabalhar de forma
·        interdisciplinar. Estas crianças são muito criativas e se identificam muito com tarefas como criar, construir, explorar. Os adultos hiperativos poderão ter mais sucesso em carreiras ligadas a designers, publicidade, artes plásticas;
·        Repita ordens e instruções, faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las,  certificando-se de que ele entendeu;
·        Coloque sempre no quadro as atividades do dia para que este aluno perceba que há regras pré-definidas e previamente organizadas e que todos devem cumpri-las sem exceção de ninguém;
·        As tarefas não poderão ser longas. Deverão ter conclusão rápida para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum.
·        As tarefas maiores deverão ser divididas em partes para que ele perceba que elas podem ser terminadas.
·        Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;
·        Permita que o aluno saia algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro. Estes alunos não gostam de ficar parados por muito tempo e desta forma estará evitando que ele fuja da sala por conta própria;
·        Peça que o aluno faça três riscos no quadro. Isto será o número de vezes que ele poderá sair. Cada vez que ele sair deverá apagar um risco no quadro. Isto funciona como um limite e tende a dar certo porque a criança se controla mais antes de pensar em sair da sala;

sexta-feira, 15 de março de 2013

Dependência química: Tratamento involuntário.


Quando todos os recursos para levar ao tratamento voluntário foram esgotados e o dependente continua na ativa, ou seja, usando drogas de maneira intensa, é necessária uma medida polêmica, a única capaz de dar conta do recado: a internação involuntária, contra a vontade.
Nesse estado, o uso se mantem, não mais pelo prazer da droga, mas para cessar as sensações ruins que a ausência dela provoca. O estado de abstinência fisiológico, provocado pela ausência da droga é um dos fatores mais importantes da manutenção do uso, provoca sofrimento psicológico, e também pode causar danos físicos e até morte com paradas cárdio-respiratórias, infarto, AVC, convulsões,  que requerem atenção por si só. O dependente em uma fase aguda de consumo fica também privado de auto-cuidados, condições de sono higiene e alimentação adequados, ficando susceptível a doenças físicas e mentais.  Nessa situação, a dependência coloca em risco a vida do paciente, podendo também colocar a de terceiros, sendo esse fato, indicação para que essa medida seja tomada.
É uma decisão muito difícil, pois priva a pessoa de seu direito mais primordial, que é a liberdade de escolha. Na verdade essa liberdade já foi trocada pelo uso de drogas, que escraviza. Deve ser indicada por um médico, e apoiada pela família, sua intenção é proteger a vida, tirar o dependente desse estado, deixa-lo em abstinência, e assim ele volta a ter acesso aos recursos que permitem a avaliação de seu estado e aceitação do tratamento.  Esse é o objetivo.  É prevista em lei, (Lei 10.216/2001) e só deveria ser empregada como último recurso.  O responsável pela instituição que acolhe o dependente deve comunicar o Ministério Público Estadual no prazo de 72 horas.
Como no caso da internação voluntária, os centros de tratamento que aceitam pacientes nessas condições tem que cumprir requisitos legais e técnicos, que são inscrição no CRM (Conselho Regional de Medicina) com médico generalista ou recursos para conduzir o paciente, em caso de necessidade a um hospital, médico psiquiatra, quadro de enfermagem em tempo integral, com enfermeiro com formação universitária e auxiliares de enfermagem, equipe de psicólogos presentes diariamente além de equipe de terapeutas e conselheiros, todos com especialização em dependência química. Essa é uma estrutura dispendiosa, e nem todas as instituições que aceitam esse tipo de tratamento a possuem. Essa situação é ilegal!
A internação involuntária tem autorização para um prazo máximo de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30, por autorização do Ministério Público Estadual.  Ela não é um fim em si, é apenas uma etapa para trazer o dependente a um estado de consciência em que seja possível uma abordagem adequada para trabalhar a conscientização da necessidade de adesão ao tratamento. Sem a desintoxicação, não é possível esse tipo de trabalho, pois a abstinência é uma força incontrolável, que coloca abaixo qualquer intenção de buscar ajuda.  A parte mais importante do tratamento é feita pelo próprio dependente, e isso só ocorre depois da aceitação de seu estado, de sua doença, e da clareza de que a sobriedade é a única forma de reaver sua vida.
A dependência é doença progressiva, o que significa que a tendência é de piorar cada vez mais. É potencialmente fatal, pelas consequências do uso ao longo do tempo. É crônica, o que significa que não tem cura e com isso entendemos que não existe possibilidade de um dependente manter um uso recreativo, apenas isso: um dependente nunca conseguirá controlar a quantidade e frequência do uso de drogas. Tudo mais pode ser mudado em sua vida.
As famílias receiam buscar esse tipo de recurso, temendo que possa gerar uma crise e piorar o estado das coisas. A experiência mostra que quando o dependente é acolhido de forma adequada, em um ambiente livre de julgamento, por profissionais com características técnicas e pessoais adequadas para esse tipo de missão, dificilmente escolhe voltar para a vida anterior, pois ela gera alto grau de sofrimento e a possibilidade de uma vida nova é altamente motivadora.
O segredo para isso é a escolha criteriosa do centro de tratamento e o melhor critério é a indicação pelo profissional de saúde mental que cuida do dependente, por famílias que tiveram seus membros internados e também pelos convênios médicos, para quem os tem, pois só são cadastrados centros de tratamento que cumprem todas as normas estabelecidas pela lei.
Devemos ter em mente que para a dependência, assim como para qualquer outra doença, a internação é parte do tratamento, e NUNCA deve ser imposta como castigo!  E também que a conclusão do tratamento na clinica não é em absoluto, a conclusão do tratamento.  A fase mais difícil é o momento seguinte ao da alta, pois não há mais um ambiente protegido e nem toda uma equipe, 24 horas à postos para intervir. O tratamento deve continuar para tratar das dificuldades na nova fase da vida, a de ressocialização.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Tratamento voluntário


Tratamento voluntário
Quando o tratamento em regime ambulatorial não surtiu efeito esperado, o próximo passo é o regime de internação voluntária, isto é, com a aceitação do dependente. Infelizmente é comum os pacientes dizerem que estão engajados nessa forma de tratamento, a fala “estou fazendo terapia, estou me tratando*, é usada como justificativa para evitar a internação.
A dependência química é doença crônica, incurável, progressiva e potencialmente fatal, seu tratamento depende principalmente da decisão do dependente, e decidir pelo tratamento, é decidir pelo abandono do uso das drogas, com muita frequência, existe aí um conflito! A motivação para o tratamento nem sempre é algo espontâneo, nem sempre acontece pelos caminhos “do amor”, na maior parte das vezes, ocorre pela pressão de familiares, pela falta de opção, e a fuga de consequências de atitudes tomadas para buscar a droga e isso é totalmente válido. Não tratar é deixar o dependente à própria sorte.
Para o tratamento voluntário, o dependente deve manifestar seu consentimento e aceitação. Esse tipo de tratamento é desenvolvido em lugares denominados “Comunidades Terapêuticas”. Infelizmente é frequente que não haja estrutura adequada. Muitos desses centros são coordenados e dirigidos por dependentes em abstinência sem nenhum preparo profissional. Na Internet encontra-se inúmeras propagandas, mas a busca deve começar pela indicação do profissional que trata o dependente, ou por recomendação de pessoas que já passaram por tratamento.
Deve haver uma estrutura profissional mínima composta por Médico Psiquiatra ou Clínico e Psicólogos especialistas em dependência química, estrutura de enfermagem completa, 24 horas, com enfermeiro coordenando técnicos em enfermagem todos especialistas em saúde mental e no manejo de complicações advindas do abuso de drogas. Deve ou pode haver monitores devidamente qualificados. A duração desse tipo de tratamento varia de 30/45 dias, para desintoxicação, até 90/120 dias.
Como a estrutura para atender casos de emergência é complexa deve haver planos bem definidos para esses casos, hospitais próximos para onde se possam levar os pacientes, bem como veículos adequados para esse transporte.
Existem pacientes que precisam ser contidos em determinadas situações, essa área deve ter estrutura adequada que vise à segurança do paciente, com móveis presos no chão, grades e sem nada que possa ser usado para se ferir.
A família deve ter acesso, não só a toda a estrutura do lugar, como também contato com outros internos, para que haja segurança a respeito do tratamento. As cláusulas do contrato devem ser claras e a família não pode ficar sem contato com o dependente, mesmo que por telefone, em  nenhuma hipótese. Desrespeito às normas pelo paciente não pode ser justificativa para essa prática.
  Existem lugares onde se pode obter informações, um deles é a FEBRACT, Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas. Para se filiar à FEBRACT os centros de tratamento são fiscalizados e cumprem as normas obrigatórias.
Quando um dependente aceita ser internado, a família deve lembrar-se  que com todas as dificuldades na dinâmica familiar, todos precisam adquirir uma nova e saudável estrutura. Embora exista grande cansaço, não é momento de “férias”, é hora de todos se tratarem para fazerem mudanças na volta do dependente.  A orientação familiar, ou pelo menos parte dela deve ser fornecida pelo centro de tratamento e as famílias podem ser encaminhadas a grupos de autoajuda, como o Amor-Exigente e o Nar-anon.  (assunto de próximos meses) Quando as atitudes permanecem sem mudança, esperar resultados diferentes é insanidade.
No SUS, o atendimento deve ser procurado nos CAPS-AD Centro de atenção psicossocial; CRATOD - Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas; infelizmente nem sempre existem vagas suficientes, como em todos os outros serviços públicos de saúde em nosso país. Nesse caso, o Ministério Público pode ser procurado.  Em cidades onde haja universidades de medicina, é frequente a existência de serviços de atendimento ao dependente, como a UNIAD - Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, da UNIFESP; o CAISM, Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental, da Santa Casa, e o GREA - Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da USP.
Com tudo isso, é preciso lembrar que a internação é apenas uma parte do tratamento. Ninguém conclui uma internação curado! Não existe cura para a dependência, existe tratamento com êxito, quando desenvolvido por profissionais qualificados. O momento mais difícil para todos é o primeiro dia na rua, e os recursos do tratamento ambulatorial devem ser novamente procurados, para a continuidade do processo. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

pergunteaopsicologo: Faça de seu amor, o definitivo!

pergunteaopsicologo: Faça de seu amor, o definitivo!: Amar é em última instância, o resultado de parceiros mesclarem seus cérebros de uma maneira positiva.  Os circuitos de memória e prazer qu...

Faça de seu amor, o definitivo!


Amar é em última instância, o resultado de parceiros mesclarem seus cérebros de uma maneira positiva.  Os circuitos de memória e prazer quando vivemos algo junto com outras pessoas, são habilitados de modo que a outra pessoa passa a fazer parte integral da estrutura de seu cérebro, e você  da estrutura do cérebro dela na memória e no circuito do prazer. Aqui estão doze passos para fazer de seu amor, o último: 
Tire o fôlego de seu parceiro: Faça algo incrivelmente amável e fora do comum. E que seja uma surpresa para ele: um bilhete  amoroso escondida em um bolso, um jantar especial em uma noite que seria comum, uma  lista com suas canções favoritas. Esses atos serão incorporados em sua memória.
Faça algo especial regularmente: Ligue para ele todos os dias para fazer o seu sistema nervoso se  acostumar a ouvir a sua voz, faça sua refeição favorita, uma vez por semana, quando ele começar a esperar por essas coisas, você estará gravada no cérebro dele, no circuito de suas memórias, de sua consciência.
Olhem se muito nos olhos: Novos amantes fazem isso naturalmente, mas não mantem isso quando a relação se torna mais forte. Isso é a forma de manter seu romance vivo e especialmente poderoso quando faz amor.
Aprenda sobre o que agrada seu parceiro sexualmente: Deixe claro que o prazer dele é seu prazer, e que você quer descobrir tudo a respeito do que o faz sentir prazer. Ele ficará feliz em experimentar com você.
Ensine a seu parceiro sobre o que você gosta: Para a maioria dos parceiros, agradar você o  faz sentir bem consigo mesmo. E a pesquisa mostra que o prazer sexual de um parceiro aumenta o prazer do outro parceiro.
Aumente a duração do amor  com novidade  - Quando as coisas ficam monotonia e rotineiras ,  a reação hormonal / e a liberação de neurotransmissores ligados ao prazer é menor. Um pouco novidade e expectativa faz com que mais hormônios sejam secretados e um sexo mais emocionante é o resultado.
Faça alguma coisa radical- Se você aumentar a frequência cardíaca de  seu parceiro, ele pode associar você e a a sensação de excitação  e pode desenvolver sentimentos mais poderosos por você. Andando de montanha-russa, fazendo  um passeio de balão, descendo as corredeiras de um rio - tudo com um toque de perigo para ele - pode fazê-lo cair mais profundamente de  amor por você.
Use todos os sentidos - Seu parceiro tem cinco sentidos. Faça valer sua presença em cada um deles. Para a visão, use roupas que você sabe que ele gosta, adicione o brilho suave da luz do fogo nos seus encontros. Para o som, fale em um tom agradável, e toque a música que você sabe que ele gosta. Para contato, saiba o que lhe agrada quando vocês estão próximos. Mas mesmo quando você está apenas passando o tempo juntos, tocá-lo enquanto você está falando, passar a mão em seu braço como você andar junto com ele, dar-lhe beijos afetuosos. Pelo gosto, certifique-se de sua boca tem gosto bom quando você beijá-lo. E o cheiro é extremamente importante, pois está ligado à parte mais primitiva do cérebro. Use perfumes que marquem a sua presença, e ele se lembre cada vez que os sentir de novo. 
Fazer algo grande para seu parceiro - Se você mostrar bondade e amor por alguém que ama, você ganhará pontos importantes. Quando você entra em um relacionamento, você também entrar em um relacionamento com toda a sua família e amigos. Mostre-lhe que as pessoas que são importantes para ele são importantes para você.
Resumir e imortalizar momentos amorosos - Não tenha medo de dar voz ao seu amor. Diga-lhe como você se sente. Escreva uma nota de amor ou poema. Os amantes vêm fazendo isso desde o início do tempo, é porque funciona.
Aprenda com Papagaios - Barbara Wilson é um neurologista que mantém e treina papagaios. Ela diz que eles têm ensinado aos seus papagaios importantes lições sobre relacionamentos que muitos seres humanos poderiam se beneficiar: Partilhe a sua comida com a pessoa que você ama cante constantemente, construam ninhos juntos, e repitam as palavras e ações do outro. 
Aumente a química do Amor - Há várias substâncias químicas cerebrais ligadas ao sentimento de amor e apego. A ocitocina é conhecida como o hormônio  da união, confiança do afago. A oxitocina é aumentada assistindo a filmes românticos juntos, de mãos dadas, abraçando, e pelo contato visual amoroso. As mulheres geralmente têm mais oxitocina que os homens, mas de acordo com um estudo, o nível de um homem de oxitocina aumenta em 500 por cento depois de fazer amor. Estar ocupado demais para fazer amor  separa os casais .  
Há um outro produto químico chamado feniletilamina do amor, ou PEA, que funciona no interior  do cérebro para alertar que algo divertido está prestes a acontecer. O chocolate amargo aumenta o PEA, assim como amêndoas e queijo. Queijo na verdade, contém mais PEA do que chocolate. Então, vá em frente: sirva  queijo francês de sobremesa no Dia dos Namorados e veja o que acontece ...

DANIEL G. AMEN, M.D. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TROPEÇOS NA SINTONIA DA DANÇA DO DESENVOLVIMENTO

                Há uma graça na infância, na dança de interações reciprocas que ocorrem entre a criança e seu mundo que a ama e apoia. Mas da mesma forma como a elegância do melhor balé pode ser estragada por uma pirueta de pés  chatos caindo em um elevador, o desenvolvimento pode sofrer com erros na dança de sintonia das relações. Mesmo quando alguma coisa vai errada, a dança precisa continuar no ritmo da música, mas uma tensão subjacente não permite que a audiência ou o dançarino relaxem. Assim também quando as interações de amor entre os pais e a criança são interrompidas, tensão e ansiedade impedem o desenvolvimento adequado da saúde emocional e relacional da criança.
Pais moldam a maturação de uma criança pequena através de um significativo sistema de comunicação, provendo a criança com pistas que guiam as interações. Em condições ideais, a criança interpreta a mão orientadora dos pais e responde apropriadamente. Os pais por sua vez, entendem o comportamento da criança e dão o passo seguinte em um sistema bem coreografado de interação. Essa “dança em sintonia cíclica" cria um sistema de relações primárias equilibradas que introduzem a criança em um confiante e fidedigno mundo que a habilita a correr riscos e crescer.
Problemas nos dois lados da equação, entretanto, podem romper a relação crescente entre pais e filhos. A qualidade parental varia profundamente desde uma relação  confortável e confiante, até o outro extremo com pais ansiosos e depressivos. As grandes diferenças na eficiência dos pais reside na facilidade com que a mãe ou pai orquestram o diálogo entre eles e seus filhos, também influenciada pela habilidade da criança interpretar, interagir e responder às pistas dos pais.
Tudo isso se torna mais complexo quando o pequenino mundo da criança é levado em consideração. Cerca de um terço das crianças expostas antes de nascer a álcool ou drogas, são colocadas em instituições ou em lares de adoção sem preparo para suprir as suas necessidades. Famílias adotivas começam suas relações com essas crianças às vezes abrigando expectativas irreais, sem consciência dos desafios que virão adiante. A falta de um sistema de apoio para essas famílias apenas aumenta a probabilidade de relações parentais inapropriadas e repetem o movimento da criança com o sistema.  Regras que regem o bem-estar da criança podem levar as crianças biologicamente vulneráveis ​​a sofrer mais danos psicológicos em uma casa, por causa de  negligência inconsciente da família que a adotou. 

Texto do livro "THE MYSTERY OF RISK"  de Ira J. Chasnoff editora NIT UPSTREAM

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ELABORAR LUTO


Apesar da morte ser a única certeza que temos na vida, não é encarada de forma natural, e podemos muito bem entender os motivos. Além da perda, que provoca dor, saudades, medos e angústias por si só, ao vivermos um processo de luto, de uma maneira inconsciente, estamos sofrendo também por cada uma das perdas que já tivemos na vida. É como se aquela morte fosse apenas a última gota de água que fez o copo transbordar.
Além disso, e não menos importante, a morte nos confronta com nossa finitude, com nossos limites, com nossa vulnerabilidade  e a sociedade exige de cada um de nós, uma condição oposta a essa, exige “super-pessoas” que tenham força e solução para todos os problemas e dificuldades existentes.
O luto é o processo de assimilação da perda, não apenas da pessoa, mas de toda fantasia e possibilidades associadas a ela, que deixam de existir. É o fim de um vir a ser, que na hora da morte, passa a tomar o lugar que quisermos dar. É um momento em que o enlutado se volta para si, buscando entender o significado de conceitos abstratos demais para serem entendidos.
Para a Psicologia, o luto não é uma condição patológica, mesmo que traga consigo mudanças temporárias no estilo de vida de quem o vivencia, tal como a perda de interesse por atividades do cotidiano e pelo convívio social. Pode tornar-se se não houverem recursos para elaborar as perdas, encontrar um lugar novo para quem se foi e voltar à vida de uma maneira diferente, podendo ser até melhor. Não conseguir superar a perda, viver em função dela, alimentar-se de forma mórbida dessa energia e focar apenas nisso pode fazer do luto um processo de adoecimento psicológico, com necessidade de tratamento.
Viver a dor pode tornar as pessoas mais sensíveis ao sofrimento humano. Podem gerar nessas pessoas movimentos no sentido de se colocarem em ação e produzirem mudanças verdadeiras e significativas ao seu redor. Um exemplo que me ocorre é da mãe de Cazuza, que enfrentou preconceito e dificuldades até de tratamento, por não existir tratamento na época, e de transformar a sua dor em um trabalho que faz toda a diferença na vida de tantas pessoas ainda agora.
Viver o luto é o que vai permitir superá-lo. Entrar em contato com a dor, com a falta, com sentimentos contraditórios, recolher-se e ter a “permissão” para isso, viver esse momento sem reprimir a dor faz com que ela seja digerida e não se transforme mais tarde em outros sintomas. Esse processo, como tudo na vida, acontece de forma lenta e gradual, cada um tem seu próprio ritmo que deve ser respeitado.
O entorpecimento, desamparo, crises intensas de dor e choro, culpa, raiva e desespero são sintomas saudáveis nessa situação. A negação, nos primeiros momentos ajuda a reunir as forças necessárias para entrar em contato com a dura realidade de que é para sempre. Existe uma dificuldade em aceitar a perda.
A impossibilidade de reencontrar a pessoa morta pode provocar e necessidade de manter objetos que pertenceram ao morto, como uma tentativa de manter sua presença de alguma forma. A culpa por não ter feito determinadas coisas, ou por ter provocado situações de desentendimento e discórdia, normais em qualquer relacionamento podem tomar uma proporção insuportável.
Raiva de pessoas que estiveram envolvidas na morte, como médicos e cuidadores, e até de deus, são geradas pelo sentimento de impotência diante do fato consumado. Isso pode provocar afastamento de amigos e familiares, que são uma rede de apoio imprescindível nessa hora.
Elaborar o luto não é tirar o morto da vida de quem ficou: é exatamente o oposto disso. Elaborar o luto é construir um novo lugar, preservar a relação, dar um sentido às experiências vividas, fazer com que quem se foi seja internalizado, mantendo-se vivo no mundo interno de quem ficou.
Se a crise for vivida como uma oportunidade de mudanças, de reavaliação das relações com os vivos, de construção de novas possibilidades, esse resultado fortalece e torna os vivos mais preparados para lidar com as perdas diárias do cotidiano, ajuda a encontrar prazer em coisas mais significativas, amadurece.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Uma vida ativa constrói um cérebro melhor


A atividade física era uma parte natural da vida diária para nossos antepassados. Eles caçavam animais para se alimentar, cuidavam das plantas, construíram suas próprias casas e andavam sempre que eles precisam ir em algum lugar. Em nosso mundo moderno, nós dirigimos para trabalhar, passamos o dia sentados nas nossas mesas de trabalho, voltamos para casa para não fazer nada no sofá. Esta notícia é ruim para o nosso cérebro - para não mencionar nossas barrigas, bumbuns e costas!
Se você quer ter um cérebro e corpo saudáveis,  tem que sair do lugar e  se mover! A atividade física é a coisa mais importante que você pode fazer para melhorar o funcionamento do cérebro e manter seu corpo jovem.
Em um estudo de UCLA Universidade da Califórnia, um pesquisador descobriu que a atividade física levou a desenvolver 5% a mais de massa cinzenta no cérebro. O estudo analisou 876 idosos do Estudo de Saúde Cardiovascular e medido o número de quilocalorias gastas por semana a partir de uma série de 15 atividades físicas em um estilo de vida ativo. As atividades foram: caminhadas, natação, aeróbica, corrida, tênis, frescobol, jardinagem, cortar, varrer, golfe, dança, ciclismo e ginástica.
Os pesquisadores então analisaram volume de substância cinzenta com base em exames de ressonância magnética do cérebro de cada um desses participantes. Volume de substância cinzenta é uma medida importante da saúde do cérebro, porque ela encolhe nas  doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e é maior em um cérebro saudável.
Os  25% que fizeram mais  atividades físicas queimaram 3.434 calorias por semana em comparação com os 25% menos, que queimaram apenas 348 calorias por semana. Demora cerca de 110 minutos a pé para gastar 560 calorias. Esse é um número grande, quando você considera as tremendas forças biológicas que têm  trabalhar para o volume do cérebro aumentar assim.
Se você quer maximizar o efeito sobre o cérebro, quanto mais cedo você puder  adquirir o hábito de se exercitar que nunca é tarde demais e consistência é a chave.O exercício físico atua como uma droga maravilhosa  natural para o cérebro. Além disso, melhora a capacidade do coração de bombear o sangue para todo o corpo, o que aumenta o fluxo de sangue para o cérebro. Isso  fornece mais oxigênio, glicose e nutrientes, o que melhora o funcionamento do cérebro em geral. O número de benefícios de exercícios físicos para o  cérebro é verdadeiramente notável. Aqui são apenas algumas das coisas que o exercício pode fazer para o seu cérebro e corpo:
·         Exercício estimula o crescimento de novas células cerebrais.
·         A atividade física melhora a capacidade cognitiva em todas as idades.
·         Exercício melhora seu humor.
·         O exercício ajuda a aliviar a depressão.
·         Exercício acalma preocupações e ansiedade.
·         O exercício ajuda a prevenir, retardar e diminuir os efeitos da demência e doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas
·         Exercício alivia sintomas da TDAH.
·         Aptidão física  melhora o  comportamento em adolescentes.
·         Pessoas que se exercitam regularmente dormem melhor.
·         Exercício ajudar as mulheres a lidar com as mudanças hormonais.
Para uma ilustração de como um estilo de vida ativo constrói um cérebro melhor, clique aqui (http://youtu.be/pQoU0Yve1g0 ) para assistir um vídeo incrível meu amigo e colega Cyrus Raji, MD da UCLA. Ele mostra como o seu peso vai para baixo e  o tamanho de seu cérebro vai para cima. Mas a boa notícia é que  o seu exercício melhora  também a estrutura e função do cérebro. Seu estilo de vida faz uma enorme diferença para a saúde de seu cérebro!
Daniel Amen 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Expressar a raiva pode adicionar tempo à sua expectativa de vida


Se você está se sentindo chateado e irritado, não mantenha isso  dentro de si mesmo, para o bem da sua saúde. Um estudo recente da Alemanha revelou que ser temperamental e expressar sua raiva pode ser uma chave para desfrutar de uma vida longa e saudável.
Pesquisadores Marcus Mund e Kristin Mitte da Universidade de Jena, na Alemanha encontraram fatos em suas últimas descobertas que  podem explicar por que os italianos e espanhóis “cabeças quentes” vivem viver quase dois anos a mais do que os Ingleses l que tem como lema "manter a calma e seguir em frente". Eles descobriram que os ingleses  se refreiam e segurar emoções negativas pode ter repercussões graves para a pessoa no físico e do bem-estar mental.

Depois de analisar mais de 6.000 pacientes, Mund e Mitte descobriram que pessoas que interiorizaram a sua ansiedade tinham sua pulsação aumentada . Os pesquisadores dizem que ao longo do tempo, aumentar a pulsação pode resultar em pressão alta e aumentar o risco de desenvolver uma ampla gama de condições de doenças desde as  cardíacas ao câncer,  danos nos rins e muito mais.
O novo estudo, publicado na revista Health Psicologias, revela que um grupo dos chamados "repressores" estão particularmente em risco. "Essas pessoas são distinguidas pela maneira que tentam esconder os sinais exteriores de medo, e também por seu comportamento de defesa", disse Mund. "Eles evitam riscos e procurar sempre um alto nível de controle sobre si mesmos e seu entorno", explicou. "Por exemplo, quando expostos a uma tarefa estressante eles apresentam uma maior taxa devbatimentos cardíacos e pulsação do que os não-repressores e mostram sinais objetivos  de estresse e ansiedade."
A notícia pode ser particularmente notável para as mulheres, que, em regra, são ensinados pela sociedade para reprimir sua raiva. "As mulheres recebem durante toda a vida  a mensagem de que expressar sua raiva é feio, que não são atraentes e sexualmente desinteressante se expressam a raiva", observa Deborah Cox, uma psicóloga Springfield, Missouri. Embora haja uma abundância de "raiva" nossa cultura ainda não tem " modelos” adequados, e as mulheres são estimuladas e  fazerem-se vulneráveis pelos homens que costumar dizer : “Não acredito que você fez isso " quando a raiva é expressada.
Em sua pesquisa com co-autores Karin Bruckner e Sally Stabb, Cox revelou que as mulheres que refreavam  sua raiva sofriam de uma alta taxa de dores de cabeça e de estômago. Aqueles que estavam mais conscientes de sua raiva e que falava sobre isso, por outro lado, sentiam-se melhor sobre si mesmos, e também conseguiam enfrentar  desafios, coisas que  tinham medo de fazer, quer mudar de carreira ou comprar uma casa.
"Há uma enorme diferença na maneira como as mulheres e reprimem e expressam", acrescenta ela. "Algumas reprimem tanto , até que um dia perdem o controle. Elas tendem a fazer e dizer coisas que depois irão lamentar e sentir uma  vergonha horrível  mais tarde. "
Nem tudo é má notícia para aqueles que detêm a sua raiva tentando ficar calmos e serenos. Os pesquisadores descobriram que enquanto "repressores" estão em risco para o desenvolvimento de determinadas doenças, que têm taxas mais rápidas de recuperação de uma série de condições, porque eles são mais disciplinados e mais motivados para adaptar seus estilos de vida. "Por causa de sua necessidade de controle, repressores são muito disciplinados e mais motivados para adaptar seus estilos de vida", explicou Mund.
A chave é não reprimir suas emoções, mas aprender a expressá-los de uma forma saudável e construtiva. "Há uma diferença entre a expressão saudável e insalubre, pois nem todas as expressões de raiva são positivas, ou boas para você", diz especialista em gestão raiva Shannon Munford. "Você pode expressar sua raiva de uma maneira que leva à doença cardíaca", observa Munford. "A expressão de raiva em qualquer tipo de caminho volátil gritando, destrói,  é uma forma de expressão de raiva que não ajuda ninguém."

Postado em Janeiro , 2013 por AmenClinics