segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dependência química

O uso de drogas é um fenômeno contemporâneo. O modo de vida atual transmite aos homens a idéia de que sempre há uma solução externa, mágica e imediata para resolver quaisquer dificuldades. É exatamente esse o aparente papel das drogas. Aparente, pois a droga provoca apenas um afastamento temporária das dificuldades, quando teminam os seus efeitos, ela traz outros problemas, que se somam àqueles que levaram ao seu uso.

Não são todas as pessoas que usam drogas que se tornam dependentes químicos. As estatísticas demonstram que cerca de 10% dos usuários de drogas desenvolvem a dependência. Para os outros 90% o uso pode chegar até a um nível abusivo, sem que a doença se desenvolva. A relação de uns e de outros com as drogas é intrinsecamente diversa. Os dependentes químicos desenvolvem com a droga uma relação de total dependência, colocando nela toda a motivação e controle de sua vida.  A droga é a única maneira conhecida de distanciar-se dos problemas, relaxar.
Fonte: Livro: Drogas, a busca de respostas, de Marina Drummond e Helio Caetano Drummond Filho, Edições Loyola. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

13 Princípios de tratamento em dependência química: Um Guia baseado em pesquisa da NIDA: o Instituto Nacional de Abuso de Drogas

Medicações são um elemento importante no tratamento de vários pacientes, especialmente quando combinadas com aconselhamento e outras terapias comportamentais.
Indivíduos com distúrbios mentais que sejam dependentes das drogas devem ser tratados de maneira integrada de ambos os problemas.
Desintoxicação médica é apenas o primeiro estágio do tratamento e por si mesma contribui pouco para mudança a longo prazo de uso de droga
O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz
O possível uso de droga durante o tratamento deve ser monitorado continuamente
Programas de tratamento devem proporcionar avaliação para AIDS/ HIV, Hepatite B e C,
Tuberculose e outras doenças infecciosas e aconselhamento  para ajudar pacientes a modificarem comportamentos de risco de infecção.

A recuperação da Dependência Química pode ser um processo a longo prazo e frequentemente requer vários episódios de tratamento.
Medicações são um elemento importante no tratamento de vários pacientes, especialmente quando combinadas com aconselhamento e outras terapias comportamentais.
Indivíduos com distúrbios mentais que sejam dependentes das drogas devem ser tratados de maneira integrada de ambos os problemas.
Desintoxicação médica é apenas o primeiro estágio do tratamento e por si mesma contribui pouco para mudança a longo prazo de uso de droga
O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz
O possível uso de droga durante o tratamento deve ser monitorado continuamente
Programas de tratamento devem proporcionar avaliação para AIDS/ HIV, Hepatite B e C,
Tuberculose e outras doenças infecciosas e aconselhamento  para ajudar pacientes a modificarem comportamentos de risco de infecção.
A recuperação da Dependência Química pode ser um processo a longo prazo e       frequentemente requer vários episódios de tratamento.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sinais indicativos de uso de drogas Parte III

·        Inquietação constante;
·        Doenças passageiras não habituais anteriormente;
·        Fugir do contato visual, pessoal ou proximidade;
·        Transferência de responsabilidade pelos problemas e dificuldades. Nunca o dependente é responsável, sempre alguém ou alguma coisa causa suas dificuldades;
·        Dificuldades em adotar atitudes que convém para a situação. São escravos dos desejos e não donos das vontades;
·        Justificativas excessivas ao recusar bebidas;
·        Falta de controle da quantidade de bebida ingerida;
·        Sumiço por determinados períodos do local de trabalho ou da escola;
·        Negar ou dificultar o contato da família com os companheiros de trabalho ou da escola;
·        Quando surge, em conversas, o assunto drogas, a pessoa tem uma conduta que demonstra intranqüilidade ou conhecimentos demasiados na área, com informações específicas de interesse de usuários: locais de venda, preço, efeitos;
·        Recusa em estabelecer conversas sobre o assunto;
·        Onipotência exagerada;
·        Desleixo pessoal;
·        Empenho exagerado em iniciar e se comprometer com novas tarefas, sem conseguir concluí-las;
·        Interesse exagerado por muitas atividades ao mesmo tempo;
·        Diminuição do interesse pelo sexo e também sinais de impotência;
·        Dispersão, euforia ou depressão sem que haja uma causa aparente associada;
·        Alternância de crises de euforia e depressão, sem motivo aparente e em período muito curtos de tempo (um ou dois dias);
·        Mudanças de amigos e grupos de referência;
·        Amigos “secretos” sem “mostrar a cara”;
·        Mudanças nos padrões de linguagem e excesso de gírias;

·        Esconder conversas – conversas em código;

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sinais indicativos de uso de drogas parte II

Conforme a classificação das drogas, os sinais de uso  se manifestam de modo diferente. Drogas depressoras produzem efeito diferente das estimulantes ou alucinógenas, mas de modo geral, os sintomas são semelhantes, para o grupo de drogas semelhantes.

·        Mudanças bruscas de humor quando não for habitual;
·        Mudanças súbitas de hábitos;
·        Crises infundadas de agressividade (cocaína e crack) ou passividade (maconha);
·        Mudanças no hábitos de alimentação – quando para aumento exagerado do apetite, associada ao uso de maconha (‘larica”)., quando diminuição, associada do ao uso de cocaína e crack
·        Mudanças de hábitos de sono;  aumento associado à maconha, diminuição, à cocaína e crack;
·        Perda/ganho brusco de peso: ganho – maconha, perda – cocaína ou crack, sendo que com o uso de crack a perda é muito acentuada e rápida;
·        Horários estranhos e mudanças de hábitos de horários;
·        Queda brusca do rendimento escolar ou do trabalho;
·        Reclamações constantes e não habituais da conduta na escola ou no trabalho;
·        Faltas na escola ou no trabalho, sempre com justificativas inconsistentes;
·        Repetência continuada na escola;
·        Dificuldade para iniciar e concluir com êxito uma tarefa;
·        Dificuldades de concentração em atividades rotineiras;
·        Dificuldades em ocupar-se de atividades que demandem muito tempo para serem concluídas;
·        Dificuldades de permanecer no mesmo espaço físico por um tempo prolongado;

·        Inquietação constante;

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Sinais indicativos do uso de drogas

Sinais indicativos do uso de drogas

Nenhum sinal isoladamente indica o uso de drogas, precisam ser analisados o contexto e a freqüência de sua ocorrência.  Indicadores, “indicam, sinalizam”, não são sinais determinantes, portanto são sinais precoces. Quanto maior o número de sinais, maior será a possibilidade do envolvimento com drogas. O principal fator de precaução é o aparecimento desses sinais em pessoas nas quais eles não ocorriam anteriormente. O principal indicador são as mudanças de um tipo de conduta anterior, para outra. 
                            É preciso salientar também, que alguns desses sinais ocorrem em virtude das mudanças propiciadas pela entrada na adolescência. É também neste período que inicia-se para a maioria das pessoas, o uso de drogas. Na maior parte das vezes é muito difícil para uma família, ou pessoa que conviva com o adolescente, diferenciar o que faz parte de um processo de rebeldia normal da adolescência e o que pode ser motivo de preocupação, sendo ou não mudanças associadas ao uso de drogas. Em caso de dúvida, é sempre melhor procurar ajuda e trabalhar na prevenção, do que esperar a situação se agravar. 
                            É necessário também levar em consideração que o início do uso de drogas ocorre na adolescência e faz parte, quando acontece, de um grupo de atitudes e comportamentos ligados a características desta etapa. 

                            A onipotência faz o adolescente acreditar que nada de mal acontecerá com ele, pois sua força e sabedoria são suficientes para dar conta de todas as dificuldades que possam surgir. O fato de ocorrerem danos aos seus amigos devido a inconseqüência com que tratam os assuntos sérios da vida, é vista como uma falta de habilidade do outro, que o adolescente não reconhece em si.

Texto de  do livro: DROGAS, A BUSCA DE RESPOSTAS,  de Marina e Helio Caetano Drummond Filho.
Continua na próxima publicação.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Diagnóstico: Como comunicar aos familiares

Quando uma criança na família apresenta algum tipo de dificuldade, pode ser difícil  contar para os familiares qual é o diagnóstico. Esse texto ajuda, dando dicas.

Contando para os Familiares
O seguinte artigo, adaptado de Does My Child Have Autism? [O Meu Filho Tem Autismo?] de Wendy L. Stone, Ph.D., fornece algumas informações úteis para falar com seus pais e familiares mais próximos sobre o autismo ou sobre o diagnóstico de SA. As reações variam muito. Porém, qualquer reação que você tenha, será muito importante para educar seus familiares sobre a natureza do autismo depois que você lhes contou sobre o diagnóstico. Para iniciar a sua conversa, você pode falar sobre comportamentos específicos. Por exemplo: "Você conhece aqueles comportamentos sobre os quais estamos confusos há tanto tempo? Bem, agora nós temos um nome e uma explicação para eles, para o porquê deles ocorrerem. Howie não age dessa maneira porque ele está mimado ou porque ele é tímido ou porque ele não gosta de nós – ele age dessa forma porque ele tem autismo. O autismo explica porque ele não fala ou gesticula e porque ele parece não compreender o que falamos. Ele explica porque Howie não está tão interessado em interagir conosco como as outras crianças da família e porque ele brinca com colheres e garrafas em vez de brinquedos. Eu sei que essa é uma notícia desconcertante para todos nós. Mas a boa notícia é que a doença foi diagnosticada no início, e há um monte de coisas que podemos fazer para ajudá-lo. Brevemente ele vai iniciar algumas terapias, e eu estarei aprendendo sobre as coisas que eu posso fazer para ajudá- lo em casa. Eu sei que vocês vão precisar de algum tempo para refletir sobre tudo isso. Mas se tiverem alguma dúvida, como começamos a terapia dele, eu terei o prazer de tentar respondê-las da melhor forma possível. Eu sei que todos nós estamos esperando pelo melhor resultado possível".
Após a conversa inicial sobre esse diagnóstico, continue a manter seus outros filhos e os demais membros da família no ciclo de informações. 2010 Autism Speaks Inc. Autism Speaks and Autism Speaks It’s Time To Listen & Design are trademarks owned by Autism Speaks Inc. All rights reserved.

Fonte: Http://www.portalinclusivo.ce.gov.br/phocadownload/publicacoesdeficiente/manualparasindromedeaspergerautismo.pdf

segunda-feira, 9 de março de 2015

Antidepressivos sem terapia não têm efeito

Antidepressivos sem terapia não têm efeito, aponta pesquisa

Os estudos mais recentes vêm mostrando que os antidepressivos restauram a capacidade de determinadas áreas do cérebro a fim de contornar rotas neurais cujo funcionamento não está normal, mas essa mudança só trará benefícios se acompanhada de uma mudança do paciente – mudança esta obtida através da psicoterapia.
Essa mudança no “hardware” do cérebro só trará benefícios se houver uma mudança no “software” – o comportamento do paciente – algo que não é suprido pelos antidepressivos, só podendo ser alcançado mediante a psicoterapia ou terapias de reabilitação; O alerta está sendo feito pelo neurocientista Eero Castrén, da Universidade de Helsinque (Finlândia).
Plasticidade cerebral
Milhões de pessoas em todo o mundo tomam antidepressivos seguindo receitas de seus médicos, e as empresas farmacêuticas têm faturado bilhões de dólares vendendo essas drogas.

“Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” pontuou o pesquisador.
Pesquisas em modelos animais demonstram que os antidepressivos não são uma cura por si só; Em vez disso, o seu papel é o de restaurar a plasticidade no cérebro adulto.
Os antidepressivos reabrem uma janela da plasticidade cerebral, que permite a formação e a adaptação de conexões cerebrais através de atividades específicas e observações do próprio paciente, de forma semelhante a uma criança cujo cérebro se desenvolve em resposta a estímulos ambientais. Quando a plasticidade cerebral é reaberta, problemas causados por “falsas conexões” no cérebro podem ser tratadas – por exemplo, fobias, ansiedade, depressão etc.
A equipe do Dr. Castrén mostrou que os antidepressivos sozinhos não surtem efeitos para esses problemas. Quando antidepressivos e psicoterapia são combinados, por outro lado, obtém-se resultados de longa duração.
“Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” disse o pesquisador. A necessidade de terapia e tratamento medicamentoso também pode explicar porque os antidepressivos às vezes não têm efeito. Se o ambiente e a situação do paciente permanecerem inalterados, a droga não tem capacidade para induzir mudanças no cérebro, e o paciente não se sente melhor.
Fonte: http://www.redepsi.com.br/2014/01/20/antidepressivos-sem-terapia-nao-tem-efeito-aponta-pesquisa/