segunda-feira, 11 de junho de 2012


Neuropsicologia da dependência química


As células do sistema nervoso não são conectadas diretamente, a comunicação entre ela acontece através de substâncias chamadas neurotransmissores. São substâncias químicas que funcionam como chaves que abrem fechaduras, levando as mensagens de um neurônio para o outro. O estímulo faz com que o neurotransmissor seja liberado no espaço entre um neurônio e o outro no espaço chamado fenda sináptica. Sinapse é a comunicação entre os neurônios.
Cada área do nosso cérebro é responsável por uma função, a área que é ativada quando se usa drogas, é a chamada “sistema de recompensa” que envolve qualquer sensação de prazer. Quando praticamos alguma atividade que provoque prazer, os neurotransmissores são liberados nesse espaço estimulando o circuito do prazer.
Os neurotransmissores são fabricados á partir de substâncias encontradas na alimentação e outras.  Existe um limite para essa fabricação, se eles forem gastos muito rápido, a reposição não ocorre na mesma velocidade.
Quando uma pessoa usa drogas, ocorre uma liberação muito intensa e rápida de neurotransmissores na fenda sináptica, é essa forma de liberação que é responsável pela sensação intensa de prazer que a droga provoca. Da mesma forma, esse sensação é igualmente rápida.
Tudo o que fazemos que ativa o circuito do prazer tende a se repetir. Se a ativação é intensa, maior a probabilidade. Como os neurotransmissores não são repostos na mesma velocidade, aparecem as sensações ruins que a ausêncNesse ponto, dizemos que está instalada a dependência. A pessoa usa não mais pelo prazer provocado pela droga, mas para cessar o desconforto que sua ausência provoca.ia da droga provoca. 

O sistema de recompensa é formado por estruturas diversas que tem funções de prazer; o senso das responsabilidades sociais, a capacidade de concentração, planejamento e de abstração. Também está localizado nesse circuito o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e a situação de  alerta, aprontando a pessoa  para fugir ou lutar. Outra estrutura atua como um ‘detector de coincidência’, capaz de se ativar em situações de conduta com valor adaptativo. A ativação reforça sequências motoras ‘dirigidas a um fim’. No caso de uso de drogas, o fim é usar.
O cérebro não “sabe” se o comportamento é bom ou ruim, isso é um conceito de valor colocado pelo homem, a adaptação ocorre em qualquer situação, nesse caso, reforçando o uso e abuso de drogas. 

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