Embora “estar estressado” seja usado de maneira negativa, essas respostas não são ruins, pois seu objetivo é preparar o indivíduo para que se adapte a nova situação que pode ter origem física, como o calor em excesso, a fome por tempo demasiado ou uma ferida; mas a fonte mais intensa de estresse é a emocional, gerada pela forma como as situações são traduzidas.
Entender uma situação como um desafio trará crescimento e superação, se a mesma situação for entendida como uma ameaça, a reação será diferente, e ocorrerá uma resposta de estresse. A expectativa por uma situação nova, como uma viagem, ou uma atividade no trabalho, pode produzir um nível considerável de estresse, sem causar danos, e tendo até um valor terapêutico. Ter que ficar na defensiva por estar em um ambiente de trabalho onde não haja cooperação e as atitudes possam ser interpretadas de maneira desfavorável gera as mesmas reações físicas e atingir níveis degenerativos. Impressões subjetivas de desconforto, agitação ou fadiga em algumas situações podem ser sinais indicativos de estresse.
O estresse é uma resposta de adaptação que se for mantida por um tempo longo, pode provocar desgastes no corpo e na mente. O desgaste no corpo é aquilo que se chama de doença psicossomática que pode atingir níveis degenerativos. È chamada psico por ter sido gerada por um estímulo emocional, não físico, e somática porque se manifesta no soma, no corpo. Mas são reações fisiológicas de desgaste que podem levar a problemas físicos sérios.
O estresse produz modificações na estrutura e na composição do corpo, que podem ser avaliadas, como por exemplo o aumento de produção de suco gástrico, que se mantida por levar a uma gastrite. Nessa caso, já não se pode falar em reação de adaptação mas sim em sintomas de lesão, e na existência de uma doença.
A integração ao meio social em que se vive, a qualidade das relações que as pessoas tem umas com as outras, a existência de uma rede de relações sociais consistente são fatores de importância básica para a saúde do homem, não apenas emocional, mas também física. Hoje fala-se em “doença sócio-somática” ou seja, a saúde ou a doença é vista como o resultado de fatores emocionais, com origem no corpo, e no ambiente social.
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